Roda
Cigana
Fogueira acesa, carroções
enfeitados com flores, bandeirolas e fitas coloridas que esvoaçam ao vento. Ao
longe, ouvi-se a melodia dos bandolins, dos violinos, das flautas, dos acordeons
que os homens ciganos já esboçam para mais uma noite de festa no acampamento. Pouco
a pouco as mulheres ciganas saem das tendas e ostentam seus encantos - surgem cheias de mistérios enfeitadas por rosas, tiaras, lenços e natural sorriso. Dançam
em círculo de saias rodadas ao som de suas pulseiras, guizos, castanholas e
pandeiros.
Como mágica ou encanto, todos
se misturam no mesmo ritmo, no mesmo compasso de coração festivo. Celebram a vida, a comunhão com a natureza, louvam a Deus e a padroeira Santa Sara
Kali. Vinho, frutas
e incensos exalam essências diversas que se entrelaçam para harmonizar a energia do grupo.
É roda cigana! Momento de beleza, entrega, cumplicidade, alegria, palmas e cantoria
que os Filhos do Vento fazem para abrilhantar a alma que flui leve sob o cintilar
das estrelas.
Opchá!
Valéria
Fernandes
Detalhe
de um quadro de Maria do Carmo da Hora