31/10/2008

Beleza Cigana


Que a beleza cigana possa ser atraente nos mais variados traços, nem sempre tão delicados, sem sempre tão festivos, nem sempre essencialmente juvenil, no entanto perceptivelmente sedutora, altiva e real.


Que o encantamento se faça presente nos olhos de quem vê “esta gente”, pois este povo sem terra e andarilho tem o brilho nos olhos e a desenvoltura no andar, o mais verdadeiro glamour da passarela da vida, e apresenta as mais lindas das expressões da natureza... A autêntica Beleza Cigana.
  • Texto meu.
  • Tela de Susan-Angelo DeBay

29/10/2008

Cigana Sandra Rosa Madalena


Há muitos anos atrás em Sevilha, num acampamento cigano, nasceu uma menina chamada Sandra Rosa Madalena. Ela cresceu com beleza e primor, até que um dia um conde casado a seduziu. O acampamento cigano, ao descobrir que ela estava grávida a expulsou de sua tenda, pois a cultura cigana não admite mães solteiras e suas mulheres precisam casar virgens.



Então em busca de abrigo ela procurou o conde, que com medo de escândalos, mandou matar esta pobre moça. Algum tempo depois, algumas ciganas do acampamento começaram a orar pela alma de Sandra, que começou a aparecer nos sonhos do seu povo.

Um certo dia, uma cigana ao ver a sua filha doente, rezou para que a alma de Sandra ajudasse a curar esta criança e o milagre foi feito. Após este acontecimento, o espírito de Sandra Rosa Madalena começou a fazer vários milagres para o seu povo.

Em 1979 , Sidney Magal gravou um filme sobre ciganos, cujo o tema musical era a canção Sandra Rosa Madalena .


Desconheço a autoria do texto.

27/10/2008

Casal Cigano



Sem fogueiras, sem rubis ou esmeraldas
Apenas o testemunho das águas
Guardam nossas tardes de amor encantadas.
Escuto o canto dos pássaros
Fitando os olhos de meu amado...
Neles me perco, neles me embaraço
É assim que me acho!
O coração bate acelerado, foge do compasso
São os acordes de seu banjo
Ou o desejo de me entregar em seus braços?
Não posso deixar de lembrar...
Esqueci aquele moço gajo.
  • Valéria Fernandes

25/10/2008

Cigana da Estrada

Cigana Estrada

Sou filha do Céu e da Terra; irmã da Água e do Ar. Sou o fogo na Floresta e a branca espuma no Mar. Sou a Loba; sou a Selva; sou a carícia da Relva; e a Carroça atrelada. Sou a beira e o caminho; sou um pássaro sem ninho e do galho mais fraquinho, todos me escutam cantar! Sou a menina do Dia e a amante louca da Noite; sou o alívio e o açoite, e a carne esfacelada. Sou a abelha rainha, venha provar do meu mel, pois dentro do meu casulo, você estará no céu! Se quer que lhe deixe louco entre um beijo e uma dentada, me chame de tudo um pouco, mas o meu nome é Sttrada! Na sombra, eu sou Vaga-lume; na luz, eu sou Mariposa; sou o inseto que pousa e a lâmpada que é apagada. Nasci para passar o Tempo e ficar um tempo parada, mesmo que a vida insista, em me deixar estafada, vou seguindo, sempre em frente, pois topo qualquer jogada, todos sabem que existo, pois o meu nome é Sttrada! Realizo a caminhada; sem precisar me cansar; percorro vários caminhos; importante é o Caminhar. Estou aqui, ali e acolá; o que não posso é parar. Sou casada com o poder de sempre ser encontrada,aceito qualquer roteiro, me chamam de caminheiro,mas o meu nome é Sttrada! Sou a primeira e a última, de todas as desgraçadas. Honrada ou desprezada; vil ou simplesmente sagrada; sou o som e o silêncio; sou o choro e a risada. Sou a eterna abundância; pois sempre dou importância, para a semente lançada, num solo de doce fragrância, pois o meu nome é Sttrada!



Sou o Rei e a Rainha; sou o súdito e o reinado; sou a Coroa e a Forca, o Algoz e o Enforcado. Uso a máscara da Vida, mas me confundem com a Morte. Sou o Azar e a Sorte, e, aquela que foi dispensada. Sou a bandeira da Paz, mas me trocam pela Guerra,na tirania da Terra, me vejo desapontada,porém, quem me ama não erra, pois o meu nome é Sttrada! Saindo de um turbilhão; alçando a torre encantada; me vejo como uma estrela, de Lua e Sol enfeitada. Com certeza amanhã, estarei acompanhada, do Anjo que é puro élan, de uma mulher coroada. Sou a roca, sou o fio, sou tecelã afamada, na teia eu desafio quem faça a melhor laçada, pois entre a chama e o pavio, eu tramo a trama esperada, mesmo que seja apenas, por uma curta jornada. Me coloque em sua vida, como uma moça querida, que precisa ser amada; em troca posso lhe dar, o bem maior deste mundo numa bandeja dourada. Me traga no coração pra me deixar encantada. Não me esqueça e me honre com sua gentil chamada, grite bem alto o meu nome ! Me chame, me chame, eu sou a sua "cigana estrada" !
  • Helena Rêgo/Cigana Sttrada(do Clã Calom)
Tela de Maria do Carmo da Hora

24/10/2008

21/10/2008

Romani Tarot





The Buckland Romani Tarot” é um baralho que trata da temática cigana de forma muito descontraída. Seu idealizador Raymond Buckland, inglês e com ancestralidade cigana (Gypsy), já publicou vários livros com o tema, além de tantos outros com motivos diversos e esotéricos.


O deck é ilustrado por Lissane Lake, que deu vida aos personagens de Buckland através de cores alegres e vibrantes, com cenas do cotidiano, bem adequado ao estilo do “povo sem fronteiras”.


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Os arcanos maiores possuem apenas numerações, pois segundo o autor, quem manuseia o tarô não precisa ficar preso necessariamente aos títulos tradicionais, tendo assim maior liberdade no ato de interpretação. Com os arcanos menores, as alterações vão além; não foram conservados os naipes tradicionais e houve substituições dos símbolos correspondentes aos quatro elementos da natureza encontrados normalmente nos tarôs, ficando representados da seguinte forma: Boler ou Rodas para Ouros, Chiv ou Facas para Espadas, Kosh ou Pautas para Paus e Koros ou Cups para Copas. Ou seja, nos deparamos como elementos das habilidades, ofícios, práticas, arte e linguagem dos ciganos, a exemplo das rodas de vagões, caldeirões, bidões, facas, punhais, varas, chicotes,etc.





Mesmo com todas as inovações, é bom lembrar que a produção de Raymond Buckland é mais uma baseada no deck de Waite.

  • Valéria Fernandes

www.taroetaro.blogspot.com

15/10/2008

Baralho Cigano - Os Caminhos



A Carta Cigana 22 Os Caminhos, pode ser muito perturbadora quando estamos sem saber que direção tomar e a tiramos isoladamente para nos orientar. Neste caso a sua aparição sugere que exerçamos o livre-arbítrio ao optarmos por um caminho a seguir, pois, na maioria das vezes, revela que temos mais de uma oportunidade em nossa frente, e cabe somente a quem consulta as cartas decidir que rumo tomar, arcando com as responsabilidades de sua escolha. É uma carta de encruzilhada, que pede de imediato um direcionamento para evitar a estagnação dos anseios e o sentimento de dúvida. A lâmina Os Caminhos quando aparece só não garante bom êxito e não aponta em que setor da vida do consulente precisa tomar tais decisões, exceto quando está respondendo diretamente a uma pergunta previamente elaborada, mesmo assim, o único futuro que prediz é: existe a necessidade de se fazer uma escolha, portanto faça, e arque com as conseqüências de seus atos!
  • Valéria Fernandes

www.taroetaro.blogspot.com

06/10/2008

Acampamento Cigano
A fogueira está acesa;
O tapete colorido é a mesa,
O pão e o vinho presentes,
Alimentando essa gente,
Veste esse povo,
O velho e o novo,
Mestre e aprendiz,“
Andarilhos do Mundo”
“Livres vagabundos”,
“Donos de seu próprio nariz”,
Ouça a música,
Quanta alegria,
Mística, mágica e contagia...


A mãe cigana alimenta a sua “cria”,
Seu homem vê orgulhoso
Todos sorriem e dançam,
Toda noite é uma festança,
Comemorando a vida,
Linda visão colorida,
Baila mulher cigana,Baila e mexe comigo,
Sou gadjão , sou amigo,
Me envolve me enfeitiça,
Me provoca me atiça,
Eu trago meu amuleto,
Para a minha segurança,
Eu quero entrar na dança,
Prá poder bailar contigo,
Não temas nenhum perigo,
Já que a sorte foi lançada,
Tu és a “Dama de Ouros”
Sou o seu “Rei de Espadas”,
És o meu maior tesouro.

Desconheço a autoria do texto

  • Tela de Maria do Carmo da Hora

03/10/2008

Entre muitas das belíssimas pinturas de Maria do Carmo da Hora, escolhi esta que a pintora deu o nome de “Dandara” para fazer um agradecimento à mesma por seu talento, por sua generosidade e bom gosto em todas as suas obras. Certamente que os admiradores do Povo Cigano, assim como eu, de alguma forma se tornarem dependentes de suas criações.



Maktub!!!