
- Valéria Fernandes


A frase é de Raymond Buckland, enviada pela amiga Sol. A gravura ressalta uma cigana exercendo a quiromancia em pleno Halloween. Provavelmente, pelo estilo melindrosa das vestimentas de ambas mulheres, o ambiente foi retratado para salientar a década de 20. Um charme de cigana e uma atmosfera de Bruxinhas no ar!
A pintura cigana de estreia é uma obra de Dario.
As duas telas em exibição hoje têm a assinatura de Leon Francois Comerre, ambas evidenciam soltura, satisfação, ócio e sossego, distanciando-as do arquétipo previsível na atualidade no qual as gitanas jamais descansam e estão sempre aptas a dançar, jogar cartas, ler as mãos entre outros desafios. De forma alguma desmereço as ciganas de postura ereta, cabelos bem alinhados, adornos quase imaculados, apenas me dou o direito de fugir de um modelo perfeitinho que nem sempre condiz com a realidade. Embora o luxo ambiental das pinturas de Comerre possa parecer um contra-senso ao que me refiro, é válido refletir sobre naturalidade, atitude, vestimenta e adereços das ciganas, bem como as cores usadas nos trabalhos artísticos que dão tons de realidade.
A ambientação é em Istambul (a antiga Constantinopla), local cuja cultura exige que as mulheres vistam-se com recato exarcebado e cubram o rosto com véus, mas o que se vê ao tratar de uma mulher cigana é a quebra de mais um paradigma. A gitana traja-se de acordo com seus costumes, mostrando liberdade perante o cigano que a acompanha e também aos demais que assistem admirados sua apresentação.
Muito se fala em Liberdade Cigana, eis que a pintura exemplifica bem este tipo de atitude que evidencia quem não perde sua essência ou se deixa intimidar com padrões pré-construídos.
Opchá!


Sejamos mais tolerantes com quem e com o quê nos cerca, pois desta forma seremos co-autores de dias contagiantes e coloridos, sem ferir nosso espírito com as manchas nebulosas da escassez de sentimentos que em nada contribuem para a melhoria dos que estão em volta.ciganos
Na quarta-feira passada, 6 de outubro, de súbito incorporei uma menininha que me encantou. Meiga, e com alegria contagiante, deixou meu coração com suavidade sem igual. Acredito que surgiu para adoçar ainda mais a minha vida e daqueles que se beneficiam do meu trabalho espiritual. A Ciganinha é sapeca, cheia de vigor, porém educada e serena. Demonstrou gostar bastante das minhas vestimentas ciganas de adulta, sem perder sua essência infantil. Foi mágico ter sido conduzida pela leveza desta menina que distribuiu sorrisos e também os doces que ganhou.
Em meu altar é constante a presença de velas, jamais o deixo sem iluminação que seja do agrado de meus guias, e, em uma determinada noite (cinco dias atrás), havia uma vela de sete dias com as sete cores do arco-íris consumindo normalmente, tanto que, antes de dormir fui ao meu sagrado cantinho, fiz minhas orações e nada notei de errado, mas quando acordei a vela estava apagada. Achei estranho, troquei a vela que estava pela metade e prossegui meu dia de trabalho. Por volta das 17:00h uma amiga que também é médium me telefonou e contou que “sua cigana” havia passado aqui na noite anterior para me livrar de uma situação perigosa. Fiquei perplexa e contei para minha amiga sobre o acontecido, e juntas, constatamos que fui agraciada com a intervenção da Cigana Samara. Opchá Cigana Samara e sua protegida!!!
As estradas da vida são árduas, repletas de caminhos nebulosos, mas cada um de nós tem uma Estrela Guia que resplandece nos recônditos de nossas almas, não permitindo que nos percamos em meio à trajetória traçada. Quando a Estrela parecer não cintilar, saibamos fazê-la reacender, nutrindo bons pensamentos e conduta positiva, pois não lugar que não possa ser alcançado quando a luz interior flameja prioritariamente.