Cigana Feiticeira
30/10/2017
Que a alegria e o colorido preencham
seu coração de incentivo para mais uma semana de vitórias. Os dias vindouros até
podem mostrar-se com vicissitudes, porém, o espírito guerreiro e a alma
combatente jamais se deixarão dominar ou abater se esta for a sua vontade. Inspire-se
no bailado da cigana feito de passos firmes, de ritmo cadenciado e de harmonia
graciosa e aprazível. Opchá!
Valéria
Fernandes
24/10/2017
O Urso do Baralho Cigano
Simbolicamente
o urso é um animal que morre para mundo no inverno quando hiberna e ressuscita
na primavera com força e ferocidade. A caverna ou toca de hibernação remete ao
útero materno, ao aspecto feminino, à maternidade, à nutrição e à proteção, refere-se
à Mãe-Terra, à força telúrica. A carta Urso evidencia o ser quando está em
isolamento ou em período de introspecção.
O Urso indica
ainda o lugar interior em que o indivíduo esconde o seu lado negativo e sombrio tais como os complexos e todos os sentimentos nocivos a si e a outrem. Esta lâmina
representa a preguiça, a má vontade, a falsidade, o egoísmo, o mau-olhado, o mau-caratismo, a
opressão, a agressividade, a explosão física e verbal, a força bruta e o
domínio através da demonstração de poder. Por outro lado, indica força
interior, poder inconsciente, firmeza, coragem, garra, imposição de respeito, adversidades
e/ou os adversários encarados de frente. No campo amoroso o Urso sugere sedução
manipulativa, ardores passageiros, paixões violentas, instintos aflorados,
sexualidade selvagem ou bruta, parceiro que em primeiro momento se mostra dócil
e afável para depois mostrar as garras despóticas.
A
lâmina 15 também mostra os aspectos rudimentares das ambições e projetos, ou seja, a
ausência de elaboração, o rascunho que não ganhará aprimoramento, o não desenvolvimento,
a falta de refinamento e de polidez.
Valéria Fernandes
Cartas de variados baralhos ciganos.
20/10/2017
Cigana da Estrada
Em minha vida de cigana viajo
de estação em estação, desbravo estradas e campos um após o outro, e nesse incessante
ritmo andarilho, desfruto tanto do cair da chuva que purifica a minha aura, como
do sol brilhante que revigora suavemente o meu corpo. Sem que me programe,
assisto ao entardecer dos dias a colorir os céus de azul, lilás e rosa, e espero
o índigo estrelado que faz as noites belas e claras. E quando a lua surge no
alto, o acampamento se ilumina como se fosse palco sob holofote cintilante, então
danço, canto e abano o meu pandeiro adornado de fitas multicores. No bailado cheio
de graça e de encantos liberto a alegria, celebro a vida e louvo o perfume da natureza
que me acaricia terno e inusitado a cada novo amanhecer. Viajo, viajo, estejam os caminhos que percorro rajados de ventos ou resplandecentes e abertos, viajo sempre.
Valéria
Fernandes
17/10/2017
A Taça
“A minha taça ergo, em louvor
daquela em que é tudo belo
e para todas as mulheres
serve, parece, de modelo.
A ela um brinde. E se na Terra
outras houvessem a ela iguais,
seria a vida só poesia e o tédio
um nome e nada mais.”
Trecho do poema “A Taça” de Edward Coate Pinckney
Pintura de Morgana Farah
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