31/01/2009

Cigana
Minha alma te desperta desejos
Nunca imaginados, fagueiros.
Como o sol que avança,
Atravesso as estações,
Sem pedir licença.
Mantenho como uma pintura,
A primavera com seus encantos.
Espetáculo das dormideiras
E dos salgueiros soltos ao vento.
Sobreviventes aos vis lanhos.
Revoadas... passarinhos em orquestra
E a presença dos estranhos mochos.


Flores salpicando a paisagem,
Dos ipês amarelos e roxos.
O tapete verde jogado á beira do lago,
a espera dos cervos... lindas galhadas.
O sabor das frutas silvestres,
Ainda não experimentadas.
Teus olhos de pessoa comum
E o teu coração sem nobreza,
Não conseguem alcançar tanta beleza,
A minha essência, sou uma cigana,
Meu nome é natureza!
  • Desconheço autoria de imagem e texto.

26/01/2009

Alma Cigana

A música alegra meu coração
Danço para mim...
Encanto a multidão.
Enquanto minha saia gira sem fim
Não paro nunca não.
Gosto das cores,
tecidos, sabores, vestidos.
Gosto de ter a alma livre...
Ter a grama sob os pés
E o luar sobre a cabeça.

Por amor não me contenho
A paixão é minha sentença.
Arrisco, ouso.Vôo sem rumo...
Caio de cabeça.
Vou para qualquer lugar do mundo
Amo enquanto houver certeza.
Sigo meu instinto
Falo com clareza.
Me queira assim!
Queira um amor forte.
Não tire a beleza e alegria de mim
Siga junto!
serás livre comigo até o fim.
Pois tenho alma cigana
Alma livre...
Alma alegre.
Alma que encanta e fascina.

Tela de Audrey Rawlings Arena
Desconheço autoria do texto.

20/01/2009

Violino Cigano

A metade de veludo, o céu parece,
E as estrelas, alfinetes prateados,
Que lembram os jardins abandonados,
Onde beijos se perderam ao luar,
Traz o vento melodias amorosas,
São saudades de quem sofre por amar.




Serenata ao luar,
Sob o véu da janela,
A voz do trovador,
É um soluço de dor,
É uma queixa de amor,
Se a lua no céu,
Manda um beijo sorrindo,
Que atravessa a amplidão,
E faz sombras no chão,
E o luar é tão lindo,
Por que vives tu, a sofrer assim?
Por que, se o amor já chegou ao fim?..

Composição: C.A.Bixio / B.Cherubini
Tela de Renata – Óleo sobre tela

16/01/2009

Sonho Cigano
Embala-me nas asas de um belo sonho.
Beija-me amor meu...
Cigano amado...
Funde teu olhar tristonho no meu risonho,
Leva-me em teu mágico corcel alado!
Faz-me tua brilhante estrela, tua nívea lua.
Nesta noite de fogueira, sedução e festa,
Ofereço minha pele alva, rósea e nua...
Girando, arrebatada e ardorosa sob a tua destra.

Bordando teu corpo na leveza dos meus dedos,
No mais alucinado, voraz e selvagem delírio,
Entre voluptosos abraços...
Beijos sobre beijos,
Deste nosso tão desejado e encantado idílio.
Quero ser tua cigana...
Tua bem-amada...
Me perder na tua boca macia e orvalhada,
Adormecer no teu peito...
Feliz e realizada,
Despertar faminta e febril na madrugada...
Somos tu e eu, toda a beleza na nossa raça,
Desafiando, sem temor, toda a maldade nefasta.
Guerreando contra toda a injusta causa...
Bebendo bondade e amor na mesma taça!...
  • Poema de Marilena Trujillo
  • Telas de Maria do Carmo da Hora

13/01/2009

Cartas Ciganas, Ética e Indignação


Por algum tempo usei na internet uma imagem no qual há uma fotografia minha inserida, pois trata-se de uma montagem que fiz com Cartas de Tarô para uma publicidade. Nela existem alguns simbolismos que só eu sei o que representam, incluindo uma pequena inscrição no alto com as letras AC e o símbolo do infinito, muito visto nos arcanos de Tarô “O Mago e A Força” e o mestre ascencionado Saint Germain.
Meses atrás, encontrei no site de uma jovem senhora que se anuncia como leitora de Cartas de Ciganas a minha imagem; digo “minha” por ter um retrato meu. Fato é que escrevei a esta pessoa pedindo gentilmente que retirasse a tal foto e trocasse por outra, ainda sugeri que usasse a dela, que me pareceu ser o mais lógico! Para encontrar uma solução rápida, usei o mesmo pano de fundo e apliquei respeitosamente as Cartas Ciganas e a presenteie. A tal senhora recebeu meu presentinho, respondeu que não faria mais uso indevido de minha imagem, reconhecendo estar sendo antiética, e prontificou-se a substituir imediatamente... mas e até agora nada; já escrevi a ela várias vezes e não tenho resposta. Guardo nossos emails até hoje para eventuais necessidades.

Fica aqui o registro de minha imagem que está sendo indevidamente usada, a que fiz para esta pessoa (retirei apenas o título do site dela que eu mesma apliquei, e coloquei o deste blog), e minha fotografia estilizada que utilizei na montagem.



Em meio a todo este transtorno, o que mais me chamou atenção, foi o fato de uma “profissional” se anunciar como leitora de Cartas Ciganas e não reparar que só tem Cartas de Tarô dentro da imagem. É demais!!!


Qualquer pessoa que me procure, basta que eu tenha um tempinho extra, faço com muito prazer montagens, sejam de Cartas Ciganas ou de Tarô. O que causa indignação é a forma como esta senhora conduz o ocorrido, ou seja, desrespeita a mim como profissional seria e ética!


Taróloga Valéria Fernandes

05/01/2009

Segredos do Tarô


O som do violino corta a noite. Ele acorda os espíritos ciganos que vêm da Rússia, onde moram em castelos de pedra, ou da Espanha, onde dormem nas praças de touros. Pandeiros, palmas, cânticos de ciúme e amor deste anoitecer no acampamento, algo de sonho e de mágico. Saias vermelhas, chales negros, pulseiras douradas nas mulheres, brilham mais que a Lua, a deusa de todos os ciganos. E, enquanto aumentam os cantos e os feiticeiros se esquentam junto da grande fogueira, vamos nos, mais uma vez, tocar na poderosa e tema magia das tribos, para aprender, pela voz da mãe-dos-feitiços, segredos jamais revelados. Canta violino, bate com o pé descalço no chão, povo cigano, que e sua a noite, e suas são todas as estradas. E, entre moedas de ouro e talismãs de prata, ao cair das Cartas do Tarô, ao tilintar dos pêndulos, mostremos a sua força.


Os donos da Magia Vermelha sempre foram aos ciganos; segundo as lendas, este povo nasceu na índia. Foi no começo do mundo. Eles trabalhavam com o ouro, o bronze, a prata e adoravam a deusa do fogo, protetora de todos os que moldam o metal. Mas, num dia de revolta popular, eles foram expulsos de suas terras. E então, aos pés da divina mãe-da-tribo fizeram o juramento de andar por todos os lugares, sem pátria, já que deixaram a sua, como malditos.Contam as cantigas ciganas que a tribo andou por todo o Oriente, colheu lótus na China, tocou nos papiros do Egito, deixou-se envolver pela atração da Esfinge de Gisé, dançou nos castelos de Espanha, nas feiras portuguesas, bebeu o vinho bom da liberdade por todo o canto.

Hoje estão aqui, nas terras verde-amarelas, e andam pelas estradas de casas de sapé, ouvem rezas de lavadeiras, espiam nossa vida cabocla, lêem nossa mão. São eles os ciganos da Tribo Lua Nova, uma das mais antigas, uma das mais quentes de amor. A sorte por meio de cartas!
  • Texto de Maria Helena Farelli
  • Tela de Maria do Carmo da Hora

01/01/2009

Qual é a Carta Regente de 2009?

O que esta Carta de Tarô pode representar?