30/06/2009

Vida de Cigana

Longe das tendas de veludo, das roupas acetinadas e do brilho dos metais que favorecem um bom visual, a mulher cigana em sua grande maioria cultiva vida simples, ganha pouco, faz trabalhos temporários devido a não criar vínculos em terras alheias e ajuda no sustento de suas famílias; cuidando também de seus filhos, maridos e clãs.

As calçadas e as ruas são locais por onde a mulher cigana procura um contato mais próximo com os não-ciganos, na qual se oferece para ler sorte, no entanto, a resistência e por vezes a repulsa e o medo de quem não conhece seu modo de vida, impede que ela aja de acordo com sua natureza batalhadora e trabalhadora, sem temor em enfrentar as dificuldades.

Uma cigana não representam perigo algum, ao contrário, há sempre de ter uma palavra de incentivo, uma dica de bom agouro que pode fazer o dia de um indivíduo bem mais alegre e ensolarado. Ao encontrar com uma não dê as costas, dê-lhe atenção, pois uma cigana sempre tem algo mais de sabedoria a nos dizer.

  • Valéria Fernandes

    Tela de Dario

29/06/2009

Quando é que vamos disputar a próxima corrida?


Você venceu! Você chegou onde queria. Se lembra quando lhe disseram que a parada iria ser dura?Muitos nem tentaram. Muitos desistiram. Muitos desanimaram. Muitos falaram que não valia a pena. Mas você chegou onde queria. Foi difícil, a pista estava escorregadia. Quantas pedras no meio do caminho. Não eram todos que aplaudiam. Alguns o olhavam com olhar de descrença, diziam: - Coitado, é um sonhador. Bolhas nos pés, tênis apertado, o suor escorrendo pelo rosto, a ladeira íngreme, e o dramático instante da dúvida:- Paro ou continuo? Uma decisão apenas sua. Alguns estavam caídos de cansaço e tédio. Havia ainda um longo caminho pela frente, e havia mais curvas do que retas. Alguém o animou - Força, cara. Alguém o provocou - E agora, cara? Alguém tripudiou - Larga disso, cara. Lembra?, você teve uma enorme vontade de ir embora, de pegar suas coisas e dizer- Tchau mesmo, quero que tudo se lixe, pra mim chega, já dei minha cota, não tem mais jeito.

E virar as costas à luta, à incompreensão, ao sacrifício. Você teve vontade de ir para uma ilha deserta onde vertessem leite e mel. Você olhou em frente. O horizonte era uma sombra parda. Mas mesmo nessa hora tensa, pelo sim pelo não, você não parou de correr. Talvez tenha diminuído o tamanho do passo, porque ninguém é de pedra e o coração da gente não pode ser medido com trena e compasso. Mas você não parou porque sabia que no meio da multidão havia um recado mudo aguardando a sua decisão. De sua decisão dependia a esperança de gente que você nem conhecia. Então você tomou um fôlego, abriu o peito, e com os pés no chão e os olhos lá na frente, mandou ver. Não importava tanto a colocação. Você lutava para construir a sua parte no edifício do destino. E foi seguindo. Sem perceber, arrastou com seu exemplo muitos que pensavam em ficar no meio do caminho. E você venceu. Você chegou onde queria.
Ou você não venceu. Você não chegou onde queria. As coisas não deram certo, você tropeçou, havia um buraco, e outro buraco, e mais um buraco no chão feito de armadilha. Você caiu, rolou, ah, houve gente que riu! Alguém vaiou. Você não venceu. Você não chegou onde queria. Esfolou a pele, abriu ferida, em vez de estrelas o cobriu um manto cravejado de ridículo. O suor de seu rosto foi em vão. Em vão seus músculos latejaram. Tudo em vão. Apanhe seu embornal de mágoa, fique de mal com o mundo, abandone a pista. Você teve a tentação.

Mas na multidão alguém esperava seu gesto de conquista. Vamos, rapaz, esfregue a perna. Levante os ombros. Não deixe que se apague o brilho dos seus olhos. Escute o bater abafado do coração que insiste. Você está vivo, e não está vivo à toa.
Você se levantou, se lembra? E a vaia lhe soou como sinfonia. Recomeçou a corrida e quando, por fim, você chegou - não em primeiro, como sonhava - mas chegou, o suor de seu rosto parecia purpurina. Todos pensavam que você estivesse satisfeito por haver chegado. Então você recolheu os retalhos de suas forças e perguntou:- Quando é que vamos disputar a próxima corrida? E foi neste momento que você venceu e chegou onde queria.

Tenham todos uma semana de luta e conquistas!
Ilustração do Romani Tarot
Desconheço a autoria do texto

27/06/2009

Cigana Luzia

De cabelos negros, volumosos e com uma franja no limiar de suas sobrancelhas, a Cigana Luzia é distinguida por se vestir de vermelho e com algum toque em cor azul-marinho em seus trajes. Suas bijuterias são muitas e nada discretas, já na cintura costuma usar um cinto de moedas douradas ou um lenço triangular amarelo sem estampas e amarrado na diagonal. Todos os tons que ela usa tem um motivo específico legitimado por suas crenças ou superstições.

Contou-me que para ela o vermelho simboliza a força do sexo feminino, o azul-marinho se refere às atitudes firmes do sexo masculino, e o amarelo atrai a luz solar que não permite segredos entre um casal. Disse-me ainda que ao fazer o uso dessas três cores no cotidiano atrairá o equilíbrio amoroso para si. Esta cigana gosta de fazer seu feitiços para reatar relacionamento ou unir casais que anteriormente tiveram uma vida em comum, estes que acontecem em dois rituais distintos para o mesmo fim: um sob a benção do Sol e o outro sob a influência da Lua. A Cigana Luzia se compadece dos casais apaixonados que se dispersam por falta de segurança e confiança dentro da relação, e por este motivo se volta principalmente para este fim. Rejeita ajudar pessoas que não são fieis com seus parceiros e recusa oferendas das mesmas sem o menor pudor. Gosta de receber orações sem que estas sejam decoradas, e suas velas devem ser acesas em 3 com as combinações das tonalidades já citadas. Suas frutas prediletas são as secas e sua bebida é a champanhe.

Luzia dá a dica para que se use o “trio cromático” indicado por ela através de objetos juntos em casa para aproximar a harmonia necessária à estabilidade e evitar que o casal sofra eventuais inconstâncias.
  • Valéria Fernandes

    Mensagem canalizada por mim através da “Minha Cigana” no dia 28 de junho de 2009.

    Imagem ilustrativa

26/06/2009

Uma Cigana

Exalto minha alma livre à liberdade!
Sob a luz do sol sigo meu destino
Alada à intuição digo a verdade.
No olhar o poder da sedução
Desvendo os segredos da magia
E da vida na palma da mão.
Com os fluídos da lua faço filtro de amor
Caminho pela vida sem jamais sentir rancor
Aos preconceitos, indiferenças e desamor.
Encanto a tristeza com promessas de amar
Enfeito meus dias, alegre a bailar
Em volteios do corpo envolto nas saias.
Sou filha dos ventos, amante das estradas
Sou mistério... inatingível,
Como uma estrela que ninguém pode tocar
A espera do meu amor.


Desconheço autoria de texto e imagem

25/06/2009

Carta Cigana O Rato

Quem tem um Baralho Cigano ou costuma se consultar com determinada freqüência sabe que a carta 23 - O Rato, bem além de indicar roubo, furto, tristeza, culpa ou decepção, assinala um período de desgaste de energia pessoal. Há baralhos cuja denominação da lâmina é exatamente O Desgaste. A carta O Rato é tida como de extrema negatividade, mas para mim serve, sobretudo de alerta.
A aparição do Rato pode ser vista como um aviso de que estamos sendo vítimas de pessoas que desejam nos sugar, seja no nível material, intelectual ou espiritual; o conhecido “vampirismo”.

É comum determos o conhecimento de alguma coisa e muitos, muitos indivíduos desejarem sugar nossa energia ao mesmo tempo, querendo, por exemplo, conhecer em profundidade a maneira que tratamos nossos assuntos íntimos e pessoais. Por vezes não é intencional por parte do “curioso”, mas quando o fazem suas incansáveis indagações, carregam parte da vitalidade que nos é necessária para terminar o dia em bom equilíbrio energético. Outro fator que nos desgasta bastante é o trabalho de cunho espiritual; posto esta ser uma tarefa bem árdua antes de chegar ao seu final. Incorporar, canalizar, abrir cartas ciganas para si ou para terceiros e atitudes afins, requerem preparação prévia e pós trabalho, sob o risco das vibrações indevidas ficarem recorrentes em volta de nós sem o adequado direcionamento. São as chamadas “energias estáticas”. E é o Rato que aponta todas essas situações para que possamos no precaver ou nos limparmos, isso de acordo com a vivência de cada um e com as cartas relacionadas.
A “simples” desorganização de uma bolsa, de uma gaveta, de um armário ou de qualquer ambiente que passamos muito tempo, também nos leva a confusão mental e nos faz consumir muita energia desnecessária. Com o surgimento desse Roedor somos avisados para que a devida organização seja feita, evitando que alimentemos a bagunça emocional, visto estarmos em eterna sintonia com o que nos acompanha e com o meio no qual estamos inseridos.
Portanto, não devemos temer o surgimento do Rato em uma tiragem, ele apenas quer passar “seu recado” de que é hora de nos protegermos das influências externas e internas, geradas por outrem ou pela ausência de cuidados de nossa parte.
  • Valéria Fernandes

Tela de Maria do Carmo da Hora

24/06/2009

Cigana Odalisca?

Uma leitora me escreveu perguntado se existia Cigana Odalisca, e como o tema é bastante interesse, optei por respondê-la com um breve comentário em público.
Prioritariamente as Odaliscas eram belíssimas mulheres servis, subservientes as suas senhoras, estas que por sua vez, eram as esposas dos sultões. As Odaliscas trabalhavam como camareira ou arrumadeira, e em sua grande maioria, habitavam o harém (parte do palácio onde se agregavam às servas do sexo feminino). Também eram designadas como escravas de sultões nas quais tinham alto valor financeiro devido à importância atribuída a beleza física das mesmas. Não necessariamente eram concubinas de seus senhores, mas quando se destacavam por suas artes de dançar, cantar e encantar, logo eram "treinadas" para servir sexualmente ao seu dono, podendo se tornar mais tarde uma de suas esposas, e assim alcançar um status mais elevado se sobressaindo entre as demais.

A beleza de suas vestimentas em cores fortes, com pedrarias, moedas, lenços finos esvoaçantes, juntamente com jóias vistosas e usadas com certo exagero, sem dúvida fazem lembrar o vestuário da Mulher Cigana. No entanto, tais semelhanças se dão apenas no âmbito da aparência e nas habilidades e gosto pela dança. Pois a mulher cigana é livre, não se deixa pertencer por quem quer que seja, e percorre o caminho que traça para si inserida em sua cultura familiar. Longe de habitar os recônditos de palácio, a mulher cigana vive em perfeita harmonia com a natureza e tem prazer em dançar tanto para o Sol com para a Lua.

  • Valéria Fernandes
Imagem das Odaliscas de Gisely

23/06/2009

 O Baralho da Vovó Cigana


O Baralho da Vovó Cigana é uma iniciativa de Tamina Thor, ilustrado por Renato Martins datado de 1995. Segundo “a autora”, o Baralho primeiramente foi pintado a óleo quando em mãos da matriarca cigana da família e repassado por duas gerações, no entanto as lâminas originais não sobreviveram ao desgaste do tempo. O resgate se deu através de sua recriação em 48 cartas com desenhos de fácil entendimento, mantendo vínculos iconográficos com a proposta inicial de suas ancestrais.

Bem diferente dos chamados “Baralhos Ciganos” de 36 cartas quando estes têm inspiração - mesmo que ao longe - no afamado Petit Lenormand, Tamina apresenta cartas com denominações totalmente fora do comum, ou porque não dizer, exóticas; visto muitos dos simbolismos da Vovó fugirem completamente as referências das Cartas Ciganas. Outros fatores interessantes de serem observados são a ausência de numeração nas lâminas e a falta da carta A Estrela encontrada em quase todos os decks disponíveis mercado.

Carta Igreja e Carta Mulher com livro aberto

As 48 lâminas se dividem em 7 cores distintas, e o pequeno livreto que acompanha o Baralho não explica os motivos pelas quais o cromatismo tem essa divisão. São 11 cartas em que o azul predominante é o claro, 4 de tonalidade azul bem mais escura, 10 ressaltando o verde-claro, 1 pigmentada de verde-petróleo, 8 cujo o amarelo se sobressai, 2 alaranjadas e 12 de cor vermelha. O diminuto manual traz dois tipos de tiragens e explicações sucintas de cada carta.
 
                                     
                                             
As cartas da Vovó Cigana na ordem do índice:

1- Mar, 2- Sol, 3-Pombal, 4- Criança, 5- Dragão, 6- Sapo, 7- Garrafa, 8-Mulher com livro aberto, 9- Mulher com ramalhete de flores, 10- Mulher com coruja no ombro, 11- Caixão, 12 - Cruz, 13- Médico, 14-Mercúrio, 15- Advogado, 16- Montanhas, 17- Homem com cavalo marrom, 18 - Homem com espada, 19- Locomotiva, 20- Navio, 21- Homem com cavalo preto, 22- Balão, 23- Escada, 24- Grade, 25- Cornucópia, 26- Cadeira, 27- Vassoura, 28- Pente, 29- Pimenteira, 30-Igreja, 31- Relógio, 32- Cão, 33-Casa, 34- Envelope, 35- Homem com cavalo malhado, 36-– Poço, 37- Cachimbo, 38- Tesoura aberta, 39- Tesoura fechada, 40- Dedo com aliança, 41 Grinalda, 42- Lua, 43- Homem com cavalo branco, 44- Mulher com as mãos cruzada, 45- Ovos, 46- Punhal, 47- Vela, 48-Galo.

Sem dúvida que O Baralho da Vovó Cigana ganha destaque por seu diferencial inovador, e, para quem gosta de um bom desafio sem pressa de como aprender manuseá-lo, é só seguir em frente sabendo que não há referenciais para seu estudo, senão a intimidade que se adquire com o uso constante.

Valéria Fernandes
Cartas digitalizadas por mim

21/06/2009

Bela noite

Danço, encanto
Balanço...
Avanço no seu coração
Têm brilho minhas pedras
Tem luz meu olhar
Tenho magia nas minhas mãos
Força nas minhas palavras
Venho de terras distantes
De tempo passadoS
ou andarilha
Não paro nenhum instanteMinha sina é mudar

Vou sempre de caminho em caminho
De lugar a lugar
No coração me achas
Sou amor
Sou alegria
A paz que esperavas e não encontravas
Eu trago e lhe dou
No girar da saia
No toque do pandeiro
Trago fartura
Levo tristeza
Nem assim perco a beleza.

Poema de Adriana Rodrigues Torres

Tela de Jeffrey Watts

20/06/2009

Cigana Tainara

Por mais gratificante que seja meu trabalho com Os Ciganos e com o Tarô, há momentos em que o cansaço físico fala mais alto, desequilibrando minha energia vital. Ao reconhecer tais sintomas, logo dou uma longa pausa e evito fazer canalizações, mesmo que sejam para atender as solicitações de clientes; e desta forma pretendia agir mais uma vez. Mas como tudo na vida tem um “porém”, comigo não foi diferente. Estava no MSN conversando com uma ex-aluna minha que se tornou uma grande amiga, e falávamos da postagem de hoje para o blog, foi quando decidi canalizar. Chris, minha querida amiga, disse: "- Ah, canaliza para o amor, vai!” Rimos de sua aberta insinuação e não prometi o que faria por não ter idéia do que estaria por vir.

Uma hora depois da conversa comecei a olhar algumas gravuras ciganas e, sem esperar, senti o rubi que a Cigana Tainara usa em sua testa brilhar aos meus olhos e pensei alto: “- Ela vai dá seu recado”; dito e feito. Comecei a sentir a presença de Tainara que não veio pra falar do tipo de amor que anteriormente foi sugerido, e sim de como devemos nos doar ao próximo; o amor maior que há no âmago de todo ser humano. Ternamente ela disse que mais grandioso que os laços afetivos amorosos, fraternais com familiares e amigos que já temos afinidades e até com as divindades, é a entrega de sentimentos sem que sejam necessários vínculos íntimos para fazê-lo. Exprimia o doar por doar sem esperar retorno! A Cigana Tainara falava brandamente de como o mundo atual se tornou repleto de individualidade, nos quais todos desejam tirar vantagens das situações, e da falta do carinho e das gentilezas que deveríamos cultivar em nosso dia-a-dia. “-E o amor ao próximo, onde fica?”, indagou Tainara em seu relato. Disse-me que a melhor magia que poderia indicar neste momento era o encanto da atenção nos pequenos gestos que estão ao nosso alcance para como os irmãos na Terra. Percebi uma pontada de indignação da Cigana em meio a sua ternura, não ousei a contestar.

Confesso que fiquei satisfeita e intrigada com os conselhos de Tainara, pois durante minha conversa com a Chris, esse foi um dos assuntos que abordamos e discorremos empolgadamente. E até agora estou me perguntando: Será que a Cigana Tainara deu sua mensagem porque minha amiga e eu dizíamos que mais pessoas deveriam agir generosamente? Mistérios, Mistérios Ciganos! O meu cansaço foi magicamente diluído e me senti revigora ao entrar em frequência com um coração tão nobre e desprendido deste espírito de luz. A Cigana prometeu que em outra oportunidade falaria do amor romântico e de seus feitiços.

Mensagem canalizada por mim através da “Minha Cigana” no dia 19 de junho de 2009.
  • Valéria Fernandes

19/06/2009

Rainha de Copas


A Rainha de Copas encarna a figura de uma mulher extremamente atraente, sensual e enigmática, do tipo que mexe com tudo de bom e de ruim que há nas pessoas ao seu redor, principalmente nos homens, que se sentem fascinados, mesmo quando ela lança somente um olhar despretensioso. Os cuidados com sua beleza física são de impressionar; é vaidosa ao extremo e sente-se radiante em ser o centro das atrações pelos lugares por onde passa.



Esta dama segue seus ímpetos e instintos não se deixa levar pela mesmice do cotidiano, e assim, faz a vida parecer sempre uma doce festa. Por ser a Rainha das Águas, é sensível, intuitiva e detém dons espirituais. De quem mesmo estou falando... da Rainha de Copas do Tarô ou da alma e da atitude da Mulher Cigana?


  • Valéria Fernandes

18/06/2009

A Magia dos Bonecos Ciganos


Na medida do possível tenho atendido as solicitações dos leitores do Vida Cigana, mas nem tudo é possível de se postar devido as particularidades que os assuntos requerem, e aos fundamentos nos quais alicerço o meu trabalho. Tenho sido receptora de pedidos aparentemente parecidos, no entanto bastante diferentes quando devidamente aplicados, que causa estranheza em quem não parar pra refletir com muita atenção.
Um dos exemplos que têm sido uma constante fica por conta do Encantamento e Energização dos Bonecos Ciganos. Muitas pessoas solicitam simultaneamente que eu o faça no blog, entretanto, cada bonequinho que representa um cigano (a) tem identidade própria, e não posso generalizar em uma única postagem fatores que considero sérios, individuais e magísticos.
O Boneco ou Boneca ao receberem os encantamentos, estará prioritariamente representando a energia de um cigano ou de uma cigana, e são “eles” que dirão que ritual deve ser feito, não eu que os canalizo. O que não impede de qualquer indivíduo adquirir um boneco (a) e usá-lo somente para enfeitar um determinado ambiente e compor um visual alegre ao uni-los com outros adereços.
Aviso aos mesmos que me requisitaram lugares de compra, que ainda não posso fazê-lo por não ter em mãos bonecos que eu possa dar meu aval. É uma questão de tempo encontrá-los.
  • Valéria Fernandes

A Boneca Cigana da postagem é uma criação da norte-americana Karen Key, chama-se Madame Zola.

17/06/2009

Ferramenteira

Os símbolos estão inseridos desde os tempos mais remotos nas mais diversas civilizações que já ouvimos falar, sejam elas ocidentais ou orientais. É certo que há uma multidão de pessoas fazendo uso dos mesmos para fins religiosos, mágicos, místicos, ritualísticos ou afins no mundo inteiro. No entanto, quando se trata da confecção do que vamos usar alegoricamente para "materializar" o que desejamos enaltecer ou atrair, devemos atentar para o embasamento e energia de quem o faz.
A Ferramenteira é uma loja virtual (na internet) sob o comando gerencial da artista plástica Diene Queiroga, que assina com requinte à criação de todas as peças ornamentais e de todos os adereços metálicos feitos com delicadeza e cores distintas. Após o processo artístico a criadora utiliza seus dons artesanais de ferramenteira e finaliza cuidadosamente cada uma de suas obras divinamente bem.

Aos meus olhos, o magnetismo das medalhas e das pulseiras ciganas da Loja Ferramenteira é de atração sem igual. Lá, encontramos a Âncora, a Estrela, a Lua, a Coruja, a Roda da Fortuna, o Trevo e a Chave que abre e fecha os Mistérios Ciganos com vibração singular.
Qual cigano(a) não teria orgulho de exibir em sua indumentária uma peça de Diene? O Povo Cigano gosta de medalhas, de amuletos e de talismãs que assegurem que seu dia será de boa sorte. E nós, admiradores do Povo Sem Fronteiras, temos a necessidade de nos ligarmos a eles de alguma forma, e são estas simbologias que, para mim, fazem toda a diferença na hora de um contato mais íntimo com os ciganos.

As confecções da Ferrementeira vão além dos símbolos ciganos, pois sua proprietária trabalha incessantemente para agradar os Orixás e seus seguidores com suas magníficas peças. Só passando por lá para conferir o trabalho e o atendimento VIP da artista. Ao entrar pelo blog, cujo endereço disponho abaixo, vê-se facilmente o acesso à loja.

  • Valéria Fernandes
    Montagem feita por mim

16/06/2009

Presença Cigana


Vários leitores pediram que eu contasse sobre meu procedimento de canalização, e eis aqui um pouco desse processo mágico, que considero particular por acreditar que não há regras pré-estabelecidas para afinidades com estas.

Ao sentir a presença de uma entidade Cigana por radiação (não incorporo), entro em um campo magnético capaz de me envolver em uma vibração energética tão grandiosa (mas de difícil narração), que me dificulta discorrer em detalhes a natureza das experiências por mim vivenciadas. Isso acontece devido aos meus corpos físicos e espirituais ficarem inteirados com as sutilezas das quais chamo de Mundo Invisível; por nem sempre poderem ser vistas com os olhos do corpo carnal, e sim com a desenvoltura dos sentidos.

Minha relação com os Ciganos de Luz se dá de forma espontânea ou solicitada. O contato espontâneo é quando parte dos Ciganos, e de alguma forma eles surgem me “inquietando” para dar seus recados, seja para mim ou para outrem. Já a interação solicitada acontece quando desejo canalizá-los para fins estabelecidos por mim antes do contato direto. Nesses casos há uma preparação prévia e ritualística de equilíbrio energético do ambiente que trabalho, bem como exige a minha preparação íntima, também ritualística. Em ambos os casos preciso estar tranqüila, distante das agitações e preocupações do cotidiano para recebê-los adequadamente. Orações são feitas, velas coloridas são firmadas e incensos são queimados juntamente com outros fatores aromáticos que faço uso. Alguns símbolos em forma de bijuterias ou uma peça de vestimenta cigana (a exemplo de um lenço), e as Cartas Ciganas, também me ajudam no sucesso da canalização.

Como disse anteriormente, não existem regras ou receitas para “acolher” os Ciganos, o uso da sensibilidade é fundamental para qualquer trabalho de cunho espiritual.
  • Valéria Fernandes
Tela de Erna Y Antunes

15/06/2009

Asas

Muito tempo atrás... depois do mundo ser criado e da vida completá-lo, houve um dia, numa tarde de céu azul e calor ameno um encontro entre Deus e um de seus anjos.

Contam que Deus estava sentado, calado, sob a sombra de um pé de jabuticaba. Lentamente Ele colhia uma ou outra fruta, saboreava sua criação negra e adocicada.Fechava os olhos e pensava... Permitia-se um sorriso piedoso. Mantinha seu olhar complacente. Foi então que, das nuvens, um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção...

Tinha asas lindas, brancas, imaculadas. Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:- Senhor, visitei sua criação como pediu, fui a todos os cantos. Estive no sul, no norte, no leste e oeste, vi e fiz parte de todas as coisas... Observei cada uma de suas crianças humanas, e por ter visto, vim até o Senhor para entender o porque... Por que cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa? Nós anjos, temos duas...

Podemos ir até o amor que o Senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas o humano, com sua única asa, não pode voar. Não podem voar com apenas uma asa... Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo:"Sim, eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa."

Intrigado com a consciência absoluta de seu Senhor, o anjo queria entender e perguntou:"Mas porque o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas para poder voar, para poder ser livre?"

Conhecedor de todas as respostas, Deus não teve pressa de falar... Comeu outra jabuticaba e então respondeu:" Eles podem voar sim, meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês, meus arcanjos... Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas... Embora livre, sempre estará sozinho. Talvez da mesma maneira que Eu...
Mas os humanos... Os humanos com sua única asa precisarão sempre dar as mãos para alguém a fim de terem suas duas asas. Cada um deles tem na verdade, um par de asas, uma outra asa, em algum lugar do mundo que completa o par, assim eles aprenderão a respeitar-se, pois ao quebrar a única asa de outra pessoa podem estar acabando com suas próprias chances de voar. Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa... aprenderão que somente permitindo-se amar, eles poderão voar.

Tocando a mão de outra pessoa, em um abraço afetuoso, sincero, eles poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão finalmente voar.Somente através do amor irão chegar até onde estou... assim como você meu anjo, e eles nunca estarão sozinhos, quando forem voar". Deus silenciou em seu sorriso. O anjo compreendeu o que não precisava ser dito. Que possamos encontrar a nossa outra asa, para podermos voar!


Uma semana de vôos animadores a todos!
Desconheço autoria de texto e imagem

14/06/2009

A Carta do Tarô que representa Os Ciganos

Ontem um leitor do Vida Cigana me escreveu e fez uma pergunta bem interessante: “Que carta entre os 22 Arcanos Maiores do Tarô representa o Povo Cigano?”. Gostei muito da sua indagação, e responderei conforme meu saber e prático e simbólico. Muito embora, a priori, qualquer uma das 22 lâminas poderia responder perfeitamente a questão, posto cada uma delas ser de significação e simbologia amplamente ricas como cito brevemente a seguir para uma noção básica.
A exemplo do arcano I, O Mago, caracteriza os ciganos pelo seu aspecto espontâneo, extrovertido, eloqüente, hábil, dinâmico, astuto, criativo, sedutor, autoconfiante - que fala, convence e gesticula ao mesmo tempo; apto para os negócios e para o comércio como é comum a esta lâmina. Simboliza o ser em contato direto com Deus. A espiritualidade inspirada pelos recursos que a natureza oferece e sua capacidade de desenvolvê-la. Trata-se da magia com a Água , a Terra, o Fogo e o Ar
A Sacerdotisa, o arcano II, fala da espiritualidade, da fé, da meditação, dos sentimentos de religiosidade e devoção; assim como indica a intuição, os feitiços, a adivinhação, a clarividência e o misticismo; características inatas deste povo sem fronteiras divinamente absorvidas por esta carta. Simbolicamente fala da sabedoria, do Templo Sagrado (físico ou da alma), do conhecimento dos mistérios e do que nos é oculto. Também aponta as leis que vêm do alto, bem como suas revelações em seu devido tempo.
Dando sequência tem-se o arcano III, A Imperatriz, que pode representar os ciganos por meio do encanto, da sensualidade, da elegância, da sexualidade aflorada, do gosto pelas artes e da necessidade de estar em contato com a natureza que tão alto grita nesta carta. Simboliza a Magia Sagrada, A Mãe-Terra, a vitória do espírito sobre a matéria. Ressalto ainda que indica a estrutura familiar, a fertilidade e a expansão do corpo, da alma e da mente.

Como é notório, falaria da ligação dos 22 Trunfos com o Povo Cigano sem nenhum esforço, mas vou me ater à carta que ao meu ver, reúne o maior número de qualidades dos Filhos dos Ventos, que é o arcano 0 ou 22, O Louco.

O Louco exprime o encanto por viver, a aventura nas veias, a coragem de não se intimidar por críticas, as mudanças constantes, os desafios e as viagens por terra; o ir e vir do Povo Cigano. É aquele andarilho que sai com uma trouxinha nas costas em busca de algo, pois ele anseia pelo novo e não fica parado a espera que caia dos céus dias melhores. Tal qual um nômade, ele vai de encontro ao seu lugar ao sol; ainda que por vezes seja visto como um irresponsável ou vagabundo por sua falta de um teto seguro. Esta carta refere-se a uma pessoa que não suporta a rotina, fazendo seu cotidiano ser o mais descontraído e alegre possível. Fala de um indivíduo que tem vivacidade pra si e para envolver quem o cerca, e como se não bastasse sua similaridade com os ciganos até aqui, O Louco é extravagante, usa cores fortes e não se prende a regras ou convenções sociais e comportamentais. A música, a dança, e muitas das expressões corporais e artísticas podem ser vista nesta lâmina. Simbolicamente é o ser em seu estágio de pureza, de ausência da maldade; o contato mais autêntico de um homem com o sagrado, com o divino. “O espírito em busca de experiências”.

Para Nelson Oliveira que, cuidadosamente, adentrou em um assunto de grande valia para todos nós.

  • Valéria Fernandes
Cartas do Universal Waite Tarot

13/06/2009

A Intuição


A Intuição é a percepção direta, imediata, primeira, ou seja, é o entendimento que não se dá através do raciocínio ou da inteligência. Fala-nos diretamente aos sentidos, e para senti-la devemos estar atentos primeiramente aos nossos questionamentos, para depois nos ligarmos ao nosso Eu.

Ouvir sabiamente a voz do coração nos mostra lampejos de verdades que se desvendam se bem soubermos captar seus sinais. Entendo e uso a intuição como uma vibração que flui naturalmente e que aumentou gradativamente na medida que pratiquei e continuo praticando.
Um bom exercício para desenvolver a intuição ao ter em mente uma pergunta devidamente formulada é estimulá-la por meio de Baralhos Ciganos, Tarôs, imagens diversas à disposição (muitas) ou um livro qualquer quando se deseja usar as palavras escritas como resposta.

Escolhendo um dos recursos indicados, pense calmamente em seu questionamento, feche os olhos e respire sem esforço por um minuto no mínimo, sem ansiedade; em seguida tire uma carta (se estiver usando baralhos) ou pegue uma das imagens e não pense no significado racional do que está vendo. O que vier primeiramente à mente será sua resposta intuitiva. Com livros a concentração é a mesma, mas na hora de abri-lo o faça de maneira aleatória, apontando com o dedo diretamente para um palavra na página que abriu de olhos fechados. Magicamente, ao entrar em contato com imagem ou com a palavra “escolhida”, a resposta será encontrada por meio das sensações que terá.

A frequência desse exercício permite cada dia mais intuirmos sem grandes esforços.


  • Valéria Fernandes
Desconheço autoria da imagem

11/06/2009

Cigano Ramires


Na quietude da noite, ao contemplar a Lua magnificamente cheia através das frestas de minha janela, uma inquietação foi tomando conta de mim, mas não pude ver com meus olhos quem havia se aproximado, apenas senti a forte presença cigana. Reconheci que tinha que tocar as Cartas Ciganas, e assim o fiz, e sem perceber já estava em contato com o Cigano Ramires.

Em poucos minutos percebi que Ramires gosta de desafios, de entrar por matas e desbravar as diversas terras com seu punhal em mão, ultrapassando qualquer eventual barreira que cruze seu destino. Não teme os perigos do Sol que encandeasse os olhos, nem a meia-luz da Lua em que pouco se vê. Trabalha para a melhoria de vida da sua gente que até hoje busca um lugar seguro, mas que viaja incessantemente de lá pra cá. Para nós mortais, faz magias de abertura de caminhos e fechamento de brechas que sugam a nossa energia vital. Os encantamentos feitos pelo Cigano Ramires sempre pegam seus opositores de surpresa, os deixando sem entender a ausência dos males por eles emanados. Sua presença transmite segurança e bem-estar, tendo em vista que é um guardião de muitos dos Mistérios Ciganos.
Em sua passagem terrena as mulheres ciganas e as não-ciganas caiam de amores por Ramires, embora ele não prometesse compromisso a nenhuma delas; isso por não desejar focar-se demais no amor carnal. Em seu coração que não mais pertence a esta esfera, reside a caridade e a bondade, e dedica boa parte de seu dia aos espíritos que precisam de luz. Para agradá-lo com oferendas é necessário dá-lo primeiramente uma rosa branca, depois velas na mesma cor, que devem ser acesas sempre em três, formando um triângulo. O formato geométrico citado e o número 3 têm significados místicos para este Cigano.


Mensagem canalizada por mim através das “Cartas Ciganas” no dia 10 de junho de 2009.
Valéria Fernandes
Imagem ilustrativa

10/06/2009

Em Comunhão com os Ciganos


No momento em que um cigano ou cigana se aproxima de nós, seja diretamente ou por intermédio de terceiros, devemos saber “escutá-los” e usarmos o bom senso para seguirmos seus conselhos sem nos perdermos pelo excesso de entusiasmo. Tenho presenciado alguns equívocos - acredito serem advindos tanto da boa vontade como da euforia instantânea, que poderiam ser evitados caso déssemos mais atenção ao detalhes que não necessitam serem ditos.
Exemplos

Quando um cigano(a) solicita que um indivíduo use um anel bem bonito e vistoso, e ainda dá dicas sobre a vibração que este anel vai alcançar, no entanto na hora de escolher o adorno adquiri-se três ou quatro deles; sejam iguais, parecidos ou completamente diferentes usando-os simultaneamente, a razão de ser “daquele anel” é anulada e automaticamente a energia é dispersada. Quantidade nunca garantiu qualidade!

Quando um cigano (a) indica um banho com determinadas ervas, esse banho tem um motivo de ser, tem uma causa e tem um efeito. Mas se logo após este banho de ervas um outro banho é tomado, mesmo que seja com componentes iguais, parecidos ou completamente diferentes, a energia anterior é cortada para ceder passagem à nova vibração. É uma questão de lógica passarmos certo tempo sentido a magia da indicação fornecida sem mexermos no que está elevado!

Quando um cigano (a) deseja receber maçãs, pêras, pães-doces em uma bela cestinha toda enfeitada, e ao fazer a oferenda são acrescentadas uvas, pêssegos e outras iguarias para tentar agradá-lo(a), corre-se o risco de descontentar o cigano(a) em questão e encantamento vai à míngua. O ideal é usar a sabedoria!

Quando um cigano (a) solicita uma rosa amarela e uma rosa vermelha para serem ofertadas em um altar, no dia também fornecido por ele(a), e na hora são entregues entusiasmadamente seis belas rosas, sendo metade de cada cor pedida, as rosas restantes desviam a atenção “daquela duas importantes rosas” e quebra-se o encanto. È aconselhável procurar a medida correta!


Precisamos estar em perfeita comunhão com os Ciganos que nos assitem ao fazermos qualquer ritual, pois, por mais simples que pareça ser, tem um todo fundamento por trás das dicas e solicitações, e ele(a) pode no virar às costas devido nossos deslizes entusiastas.

  • Valéria Fernandes

09/06/2009

Cartomante

Uma noite misteriosa, envolvente,
Passos lentos em caminhos de pedras
Sem rumo, sem destino encontrei uma cartomante.
O ser enigmático do momento levou
Meu pensamento a magia do amor
À noite de lua cheia, tinha um mistério, um segredo.
A cigana segurou em minhas mãos com olhar penetrante
A vela azul acesa é o símbolo do amor
Uma tradição cigana a prática da adivinhação
Olhando as cartas meu destino traçou
Os grandes olhos negros envolventes
Revela num clima de sedução o amor que virá
Em que carta minha vida decifrará.

O olhar enigmático e as palavras ecoam em meus sentidos
Como um grande aviso que minha vida irá mudar
Luzes vermelhas, perfumes, incensos,
E a batida do Derbaque, paralisa minha mente.
Cigana cartomante revela meu amante
Trace meu dia decifre minha sorte quem sabe até a morte
Deliciosa visão do futuro, profecias, acontecimentos.
Tradição cigana a pratica da adivinhação
Recusando tudo que fosse dos Gadjos
Na ultima carta jogada a linha já traçada
Mostrou me o amor, o prazer, a sedução.
Cartomante iluminada minha vida está selada
Entre o amor e a paixão.


Desconheço autoria do texto

08/06/2009

Cigana da Praia

A Cigana da Praia se apresentou a mim como Sara, mas foi logo dizendo que gosta de ser chamada de Sarita por quem com ela for trabalhar, e conversa como se ainda estivesse vivendo intensamente no plano terrestre. Tem o estilo de andarilha e não cogita a hipótese de mudar seu modo de “vida”. Segue seu rumo com descontração e muita jovialidade de atitudes; sem jamais se prender ao aconchego que denominamos de calor humano, que dirá se deixa seduzir pelos lugares que passa e pelas convenções que os não-ciganos costumam se habituar. Veste-se de prata recebendo a mágica energia lunar, para então elaborar seus encantamentos com rosas brancas e águas perfumadas. O faz próximo às pedras e às areias em frente ao mar.

O contato com Sarita é desembaraçado, direto e cheio de sorrisos. As suas gargalhadas além de descontraídas, são contagiantes; elevando o astral de qualquer pessoa sinta a sua energia e a sua radiação. Ao tratar de amor o primeiro conselho que a Cigana da Praia dá é a respeito das vibrações negativas que os homens e as mulheres insatisfeitos com suas relações amorosas podem acumular, e para neutralizar tais negatividades, Sarita indica um banho de Sal Marinho para abrir todos os rituais recomendados por ela. Suas oferendas constam de espelhos, de velas brancas e pratas, e de rosas brancas e vermelhas. Esta cigana não se apega a nada... Sempre oferta seus presentes dentro de um barquinho à Rainha do Mar.


Mensagem canalizada por mim através da “Minha Cigana” no dia 7 de junho de 2009.
  • Valéria Fernandes

07/06/2009

Cigana Melissa

Dia claro, o céu sem nuvens, e o sol a realçar a aura da linda cigana de olhos e cabelos de mel. O dourado de seus adornos, combinados como o brilho de seu olhar, fizeram-me frear um o que parecia ser uma calorosa recepção de minha parte. Fiquei extasiada ao vê-la ao meu lado, exalando fragrâncias de flores e de ervas; um odor agradabilíssimo, porém misto demais aos meus sentidos. Nesta hora me dei conta que não era ela quem estava ao meu lado, ao contrário, estava eu inserida naquele magnífico cenário natural de águas límpidas e terras férteis. Ainda atordoada, como quem acaba de ter um sonho confuso, comecei a indagar-lhe sobre os remotos acontecimentos, e muito mansamente a ciganinha de lenço laranja na cintura e com uma cestinha de vime com flores, tranquilizava-me com seu brando sorriso. Fui me familiarizando com as últimas ocorrências e entreguei-me de corpo e a alma a tal vivência. Começamos a conversar e a bela jovem disse-me que se chamava Melissa e que eu já deveria conhecê-la. Minha mente que parecia calma começou a rodopiar em pensamentos diversos. Queria eu saber de onde poderia tê-la visto, mas na minha memória nada ocorria. Neste instante a Cigana Melissa passou sua mão delicadamente em meu rosto e disse-me: “- Na hora que você voltar ao corpo vai saber quem sou, aí, quem fará a próxima visita serei eu.”


Literalmente acordei, pois dormia em minha cama e deduzi que foi um lindo sonho que os ciganos encantados inspiraram-me. Porém, a inquietude da forte presença daquela perfumada cigana não deixou-me descansar; daí vim para o computador pesquisar sobre uma cigana chamada Melissa. Coloquei no GoglleCigana Melissa”; páginas e páginas se abriram e nada de aparecer algo parecido com o sonho/visão que tive. Ansiosa, angustiada e ainda um tanto desnorteada, lembrei-me das pinturas de Maria do Carmo da Hora de quem sou fã e fui direto em sua galeria. Chegando lá, percorri o Flogão e trêmula, quase desmaio ao ver a imagem de Melissa datada de 06/05/2008. Não tenho a mínima idéia de como nunca vi antes esta “pintura”, pois desde que criei o Vida Cigana as telas de Maria do Carmo são constantes em minhas postagens. Passei horas contemplando a imagem da Cigana Melissa e tentando compreender o incompreensível. Os dias foram se passando até que chegou o momento em que fui visitada por ela. Minha alegria foi indescritível, e para selar nossa amizade, Melissa contou-me um pouco de sua passagem pela Terra e de suas magias com ervas e espelhos, mas nada anotei; e se preciso for, posso reproduzir cada pequeno detalhe das magníficas impressões que esta cigana me passou naquela ocasião.

Este acontecimento se deu há cinco meses, e atualmente Melissa surge em minhas canalizações, em plena harmonia com os ciganos que me assistem.

Em oportunidade adequada postarei um dos encantamentos da Cigana Melissa, bem como falarei sobre sua vida terrena.

Experiência vivida por mim por intermédio da “Minha Cigana”. 

Valéria Fernandes

Pintura de Maria do Carmo da Hora

05/06/2009

As Canalizações e seus Mistérios

Assim como uma branda melodia fala-nos à alma e acalma nossos corações quando melancólicos e inquietos, o povo cigano tem e falado doce e mansamente comigo durante meu cotidiano já há algum tempo. Confesso que faltava-me coragem e pré-predisposição para adentrar neste universo de luz, porém ultrapassei toda e qualquer barreira criada, tanto pelo meu corpo como pela minha alma. As canalizações que faço para o Vida Cigana cada dia fortalecem minha relação com estes iluminados filhos do Sol e da Lua, bem como gratificam-me os seus resultados quanto ao atendimento particular que pratico. Sinto-me lisonjeada por ser orientada pelos mais diversos ciganos, e feliz em os agradar ao receber e repassar suas mensagens. Mas para tal devo reproduzir com o máximo de fidelidade o que eles têm a dizer; seja para o nosso Blog ou para as pessoas que me procuram individualmente para consultas.

Recebi alguns e-mails e telefonemas acerca de dúvidas sobre as Canalizações Particulares, e tentarei deixar algum esclarecimento para nossos leitores ainda não conscientes deste trabalho. As mensagens não caem como raios para atingir um lugar qualquer, elas vêm de acordo com o tipo de auxílio espiritual do cigano ou da cigana que se ligam a mim; o que requer toda uma preparação prévia e bem direcionada. Tenho os Ciganos de minha aura, no entanto nem sempre são eles que “vêm conversar, alertar ou recomendar”. Cada cigano (a) tem sua “especialidade”: uns falam de amor, outros de trabalho, outros de espiritualidade, já alguns aconselham sobre as finanças, as relações familiares e assim por diante. Os caminhos são vastos e misteriosos, entretanto muito bem orientados.
Então surge uma pergunta comum dos leitores: será que os Ciganos aparecem somente para falar de suas “vidas”? Sim, quando é para fazê-los conhecer por intermédio de mim e de meu Blog. Todavia, no ato da consulta particular o assunto é o consulente, não a história do cigano (a), visto surgir para dar suas dicas, suas magias e suas bênçãos.

Para obter informações detalhadas, basta entrar em contato comigo.

  • Valéria Fernandes
Tela de Roberto Zamora

04/06/2009

Consagração do Ambiente ou Aposento

Dentro do Círculo infinito da divina presença que me envolve inteiramente, afirmo: Há só uma presença aqui - é a da Harmonia, que faz vibrar todos os corações de felicidade e alegria. Quem quer que aqui entre, sentirá as vibrações da divina Harmonia.

Há só uma presença aqui - é a do Amor. Deus é Amor, que envolve todos os seres num só sentimento de unidade. Este recinto está cheio da presença do Amor. No Amor eu vivo, movo-me e existo. Quem quer que aqui entre sentirá a pura e santa presença do Amor.
Há uma única presença aqui - é a da Proteção Divina. Tudo o que aqui existe, tudo o que aqui se pensa, tudo o que aqui se fala, tudo o que aqui se faz, é envolvido pela Proteção Divina. Quem quer que aqui entre, ou sobre aqui pense, automática e imediatamente receberá os efeitos da Proteção Divina agindo sobre este lugar.

Há só uma presença aqui - a da Justiça divina. A Justiça reina neste recinto. Todos os atos aqui praticados são regidos e inspirados pela Justiça. Quem quer que aqui entre, sentirá a presença da Justiça.

Há só uma presença aqui - é a presença de Deus. Deus reside aqui. Quem quer que aqui entre, sentirá a presença divina de Deus. Há só uma presença aqui - é a presença de Deus, a Vida. Deus é a Vida essencial de todos os seres, é a saúde do corpo e da mente. Quem quer que aqui entre, sentirá a presença da Vida e da Saúde.
Há só uma presença aqui - é a presença de Deus, a Prosperidade. Deus é Prosperidade, pois Ele faz tudo crescer e prosperar. Deus se expressa na prosperidade de tudo o que aqui é empreendido em seu nome. Quem quer que aqui entre, sentirá a divina presença da Prosperidade e Abundância. Pelo símbolo Esotérico das Asas Divinas, estou em vibração harmoniosa com as correntes universais da Sabedoria, do Poder e da alegria. A presença da Divina Sabedoria manifesta-se aqui nos atos e expressões de todos aqueles que aqui entrarem.

A presença do Poder Divino manifesta-se aqui. A presença da Alegria Divina é profundamente sentida por todos os que aqui penetrarem. Na mais perfeita Comunhão entre meu eu inferior e meu Eu Superior, que é Deus em mim, Consagro este recinto à perfeita expressão de todas as qualidades divinas que há em mim e em todos os seres. As vibrações de meu Pensamento são forças de Deus em mim que aqui ficam armazenadas e daqui se irradiam para todos os seres, constituindo este lugar um centro de emissão e recepção de tudo quanto é bom, alegre e próspero.

Seja sempre bem-vindos ao Consagrado Vida Cigana!

Desconheço autoria da imagem

03/06/2009

Dicas de Cores e Formas

Laços e fitas coloridas alegram o dia da cigana e vestem sua aura de tons energéticos. Descobrir a cor indicada para o dia é um desafio que requer, além da intuição, o conhecimento dos mais variados tons e seus respectivos aplicativos.

Colares e moedas douradas atraem boa sorte e prosperidade quando vibram juntamente com seus formatos circulares. Anéis com pedras ovais e de matizes verde, violeta e azul, equilibram o dia; dando tranquilidade a quem os usa e transformando o negativo em positivo. Pingentes em formato de cruz, sendo de madeira ou prateado, dão proteção espiritual e; miçangas alaranjadas, amarelas e vermelhas despertam olhares de sedução; independente de seu designer. Para as mulheres mais discretas é aconselhável usar uma fita no pulso, no tornozelo ou na roupa íntima com a cor da energia que deseja atrair.

Tenha um dia colorido e feliz!

  • Valéria Fernandes

02/06/2009

Lady Cigana

Ao ver esta Lady Cigana meu coração disparou, tamanha foi à vibração que ela me transmitiu sem que ao menos eu tivesse tempo de me preparar para entrar em contato com sua energia. Olhei rapidamente quem a retratou, e pude distinguir num breve olhar a assinatura de Andrea Corbett; uma jovem ilustradora norte-americana. Tentei relaxar, tarefa quase impossível de fazê-la diante de rara expressão, e fui abrindo margem para a Cigana me "passar o lenço", contando assim, o que poderia saber sobre esta Dama.

Ela se chama Kim, mas é conhecida como Lady Cigana - a Dama das ruas, das estradas e da justiça kármica. Aparenta ser bem mais velha do que é, no entanto, deixou a Terra aos 32 anos, vítima de uma doença sexualmente transmitida. Seu tampão no olho é sua marca de vida e de luta, visto ter perdido a visão direita em uma briga com os homens de farda na defesa do povo cigano. Quando solicitada é preciso preparar-lhe um belo assento aveludado ou acetinado, pois como seu codinome diz, é uma Lady e deseja ser tratada com reverência e respeito.
Faz atendimento na rua, e quem a incorpora deve atender todos os seus caprichos, caso contrário ela cala ou não dá informações coerentes. Lady Cigana foi muito uma mulher muito desejada; os ciganos e os não-ciganos se rendiam aos seus encantos, porém, ela não quer ser agradada com colares, brincos, lenços finos ou xales de renda; sua preferência é por cigarros fortes, bebidas amargas e tamancos de madeira sem sola. Vez por outra ela pede um lenço estampado sem exigir bom material, e velas coloridas, sendo a maioria delas amarela. Em todos os seus trabalhos ela pede um tampão preto para o olho e, segundo a Lady, é neste tampão que reside sua magia. Seus encantamentos são direcionados unicamente para mulheres que buscam o amor, e pode ser considerada como uma guardiã dos relacionamentos de quem ela unir e abençoar. Também protege as prostitutas, por quem nutre um carinho especial. Logo quando chega, de forma rude, por vezes grosseira, adverte a mulher que a consulta sobre o lado negativo de seu parceiro. Em sua passagem terrena, a Dama Cigana não conseguiu ser feliz com a pessoa amada.

Mensagem canalizada por mim através da "Minha Cigana" no dia 1 de junho de 2009
  • Valéria Fernandes

01/06/2009

A Tigela de Madeira
Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o seu netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. - "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos.


Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ela deixava um talher ou comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: "O que você está fazendo?" O menino respondeu docemente: - "Ah, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor. Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram. Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros. Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano – segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.
  • Uma semana acolhedora a todos!
Desconheço autoria do texto

Imgem do Romani Tatot