09/01/2017

Conselho da Cigana



Os dias correm sem a possibilidade de pará-los, o tempo passa rápido demais para que se enxergue apenas no próprio espelho contemplativo ou para que se dê atenção somente aos circunscritos grupos como os da família e o dos amigos. O Rei do Universo criou uma irmandade grandiosa, nela todos nascem simples, sem polidez, todavia prontos para galgar degrau por degrau até que chegue a perfeição dada ao homem alcançar em vidas sucessivas. As pelejas da Terra são para todos igualmente: pobre, rico, índio, branco, cigano, de um ou outro credo, Ele em nada diferenciou as dores e as provas de suas criaturas, ao contrário, deu-lhes as mesmas lágrimas e aflições, oportunizando se ampararem mutualmente para um objetivo que não pode ser reduzido a um restrito círculo de camaradagem comum. Apressem-se, é hora de alargar os laços, de esquecer as diferenças, de estender as mãos para quem quer que seja, é hora de se entreajudarem, de sustentar os mais fracos, pois é da benesse para com os frágeis que depende a evolução de quem já subiu alguns degraus e almeja chegar ao próximo patamar. Ninguém cresce sozinho, o Pai Celeste olha para todos, mas seus filhos devem se entreolharem como bons irmãos que são.  

Valéria Fernandes