A
Raposa do Baralho Cigano
Na Roma antiga a raposa era
considerada o “demônio do fogo” por conta de seu pelo avermelhado. Pegavam-na
pelo rabo e faziam-na de tocha viva para esconjurar os incêndios nas plantações
de cereais. Para o povo germânico, ainda na antiguidade, a raposa era o símbolo
de Loki - o deus enganador.
A carta Raposa representa o
mal, a perfídia, a astúcia, o truque, a esperteza, o subterfúgio, a engenhosidade, a fraude, a
camuflagem, as armadilhas, os golpes, a mentira, a deslealdade e a falsidade.
Aponta o ludibriador, o oportunista, o sedutor que engana com falsos
galanteios, indivíduo de coração frio e a pessoa ardilosa com segundas
intenções. A Raposa remete ao estelionato, à perda financeira, aos prejuízos
morais, aos falsos amigos, a situações complicadas cuja dissimulação e/ou a
covardia estão presentes bem como a autossabotagem.
De forma positiva esta lâmina
designa rapidez, flexibilidade, sagacidade, planejamento, observação,
estratégia, audácia, inteligência. Há baralhos em que a carta Raposa aparece
como nome de “As Armadilhas”, ressaltando o modo sinuoso e velado de lidar com
terceiros. Esta carta descreve a pessoa observadora, discreta, autocrítica, com
mente e retórica bem articuladas. No sentido físico identifica-se através desta
lâmina indivíduos loiros, ruivos, de cabelos longos, com tendência a ter muitos
pelos pelo corpo, principalmente quando é do sexo masculino. A Raposa mostra
ainda pessoas elegantes, finas, discretas e de bom gosto.
Valéria
Fernandes
Carta
Raposa de diversos Baralhos Ciganos