29/12/2015

Carta Cigana Regente de 2016 – O Buquê


Um novo ano já estar por vir, e com ele novas esperanças e novos sonhos embalam os corações.  As Cartas Ciganas, o Tarô e tantos outros Oráculos – cada um à sua maneira – têm a capacidade de assinalar em aspectos gerais as tendências e as energias que movimentarão o novo ano. Conforme a redução numérica de 2016 (2 + 0 + 1 +6 = 9) vê-se que o Baralho Cigano aponta para carta de número 9, a lâmina Buquê/Ramalhete como Carta Regente do ano 2016

A simbologia do buquê está diretamente associada às noivas. Os antigos acreditavam que era uma espécie de proteção contra o mau-olhado e amuleto de sorte, mas principalmente que trazia fertilidade à mulher. Criam também que as pétalas das rosas fariam a noiva ser carinhosa e doce com o seu esposo. Houve um tempo em que os homens não podiam falar abertamente sobre seus sentimentos e sobre as suas intenções, então começaram a fazê-lo pela “linguagem dos ramalhetes”, ou seja, pelos tipos de flores que enviam para as damas e pelas cores escolhidas para assinalar seus recados. A carta Buquê simboliza sorte, conquista, reconciliação, gestos de carinho, fertilidade, generosidade, amor universal, recompensas e bênçãos recebidas.


O Buquê como Carta Regente de 2016 aponta um período de muita sedução, de paqueras, de romances e de casamento para quem já está comprometido. Para os casados, é uma época dúbia e requer estudo mais aprofundando, uma vez que a carta promete da renovação dos laços matrimoniais aos casos amorosos clandestinos. Em geral, tanto homens como mulheres tenderão a cuidar mais do corpo e da estética, a beleza física estará em alta aliada à autoestima ou a necessidade dela.  No âmbito da moda não serão apenas as estampas florais que dominaram o mercado, e sim a diversidade de impressões: a junção de gravuras, cores e formas. O ano do Ramalhete favorece a jovialidade íntima, a quem trabalha no meio de jovens ou precisa lidar com eles, igualmente é oportuno para as artes e para as atividades que se ocupam com adereços, ornamentos, paramentos, cenários, decoração e ainda feitura de balangandãs (amuletos). 

A carta Ramalhete representa união, fraternidade, altruísmo e compreensão, evidenciando uma temporada em que os indivíduos precisarão agir mais pelo grupo, em busca de consenso para obter bons resultados no que se propuserem. A força atuante coletiva estará presente não só no seio familiar, também nas pelejas por ideais entre pessoas que não se conhecem, mas que almejam o mesmo fim. O Buquê representa prova de amor e de amizade, apontando mais uma vez para ações benfazejas se feitas em grupo, e, neste âmbito, a lâmina 9 dá boas dicas de evolução espiritual e respeito pela diversidade religiosa, mas não isenta das armadilhas de escolher o caminho mais cômodo e omisso, tal como num vistoso arranjo de flores cujas suas farpas se escondem entre as fitas e os laços.   

O agradável visual e aroma dos buquês pressagia dias harmoniosos para 2016, entretanto, marca um ciclo de reconhecimento pelos próprios feitos, pressupondo que é preciso fazer por merecer. Alegrias e surpresas tendem ser uma constante durante todo o ano novo, mesmo diante às adversidades. O Buquê do Baralho Cigano significa afabilidade, desvelo e presentes/mimos, ressaltando desta maneira a natureza cortês e afetuosa nas relações, todavia, alerta sobre os cuidados que se deve tomar em não ceder espaço à superproteção. Nas finanças esta carta adverte cautela para os consumidores, visto que o belo estará em destaque e pode acarretar em aquisições de supérfluos, para os investidores é momento de tornar ainda mais atrativos seus produtos ou serviços.

A gratidão é uma característica marcante da carta Ramalhete, contudo, independente de presságios, todos podem colocá-la logo em prática nos mais distintos universos em que estão inseridos. E aproveitando que 2016 é um ano bissexto, a Carta Cigana Regente oferece a oportunidade de um dia a mais para dar graças na saúde e na doença, no ensino e no aprendizado, na doação e na troca, na abundância e na escassez, na labuta e na impotência, lembrando que nada é por acaso, nem a beleza perfumada das rosas e nem os seus agudos espinhos. 


Valéria Fernandes 
Montagem feita com cartas diversas dos Baralhos Ciganos e dos Tarôs Ciganos