Carta
Cigana Regente de 2016 – O Buquê
Um novo ano já estar por
vir, e com ele novas esperanças e novos sonhos embalam os corações. As Cartas Ciganas, o Tarô e tantos outros Oráculos
– cada um à sua maneira – têm a capacidade de assinalar em aspectos gerais as
tendências e as energias que movimentarão o novo ano. Conforme a redução
numérica de 2016 (2 + 0 + 1 +6 = 9) vê-se que o Baralho Cigano aponta para
carta de número 9, a lâmina Buquê/Ramalhete como Carta Regente do ano 2016.
A simbologia do buquê está
diretamente associada às noivas. Os antigos acreditavam que era uma espécie de
proteção contra o mau-olhado e amuleto de sorte, mas principalmente que trazia
fertilidade à mulher. Criam também que as pétalas das rosas fariam a noiva ser
carinhosa e doce com o seu esposo. Houve um tempo em que os homens não podiam
falar abertamente sobre seus sentimentos e sobre as suas intenções, então
começaram a fazê-lo pela “linguagem dos ramalhetes”, ou seja, pelos tipos de flores
que enviam para as damas e pelas cores escolhidas para assinalar seus recados. A
carta Buquê simboliza sorte, conquista, reconciliação, gestos de carinho, fertilidade,
generosidade, amor universal, recompensas e bênçãos recebidas.
O Buquê como Carta Regente
de 2016 aponta um período de muita sedução, de paqueras, de romances e de
casamento para quem já está comprometido. Para os casados, é uma época dúbia e
requer estudo mais aprofundando, uma vez que a carta promete da renovação dos
laços matrimoniais aos casos amorosos clandestinos. Em geral, tanto homens como
mulheres tenderão a cuidar mais do corpo e da estética, a beleza física estará
em alta aliada à autoestima ou a necessidade dela. No âmbito da moda não serão apenas as estampas florais
que dominaram o mercado, e sim a diversidade de impressões: a junção de
gravuras, cores e formas. O ano do Ramalhete favorece a jovialidade íntima, a
quem trabalha no meio de jovens ou precisa lidar com eles, igualmente é oportuno
para as artes e para as atividades que se ocupam com adereços, ornamentos, paramentos,
cenários, decoração e ainda feitura de balangandãs (amuletos).
A carta Ramalhete representa
união, fraternidade, altruísmo e compreensão, evidenciando uma temporada em que
os indivíduos precisarão agir mais pelo grupo, em busca de consenso para obter
bons resultados no que se propuserem. A força atuante coletiva estará presente não
só no seio familiar, também nas pelejas por ideais entre pessoas que não se
conhecem, mas que almejam o mesmo fim. O Buquê representa prova de amor e de
amizade, apontando mais uma vez para ações benfazejas se feitas em grupo, e,
neste âmbito, a lâmina 9 dá boas dicas de evolução espiritual e respeito pela
diversidade religiosa, mas não isenta das armadilhas de escolher o caminho mais
cômodo e omisso, tal como num vistoso arranjo de flores cujas suas farpas se escondem entre as fitas e os laços.
O agradável visual e aroma
dos buquês pressagia dias harmoniosos para 2016, entretanto, marca um ciclo de reconhecimento
pelos próprios feitos, pressupondo que é preciso fazer por merecer. Alegrias e surpresas
tendem ser uma constante durante todo o ano novo, mesmo diante às adversidades.
O Buquê do Baralho Cigano significa afabilidade, desvelo e presentes/mimos, ressaltando
desta maneira a natureza cortês e afetuosa nas relações, todavia, alerta sobre
os cuidados que se deve tomar em não ceder espaço à superproteção. Nas
finanças esta carta adverte cautela para os consumidores, visto que o belo estará
em destaque e pode acarretar em aquisições de supérfluos, para os investidores é
momento de tornar ainda mais atrativos seus produtos ou serviços.
A gratidão é uma
característica marcante da carta Ramalhete, contudo, independente de
presságios, todos podem colocá-la logo em prática nos mais distintos universos
em que estão inseridos. E aproveitando que 2016 é um ano bissexto, a Carta Cigana Regente oferece a oportunidade de um dia a mais para dar graças na saúde e na
doença, no ensino e no aprendizado, na doação e na troca, na abundância e na escassez,
na labuta e na impotência, lembrando que nada é por acaso, nem a beleza perfumada das rosas e nem os seus agudos espinhos.
Valéria Fernandes
Montagem feita com cartas diversas dos Baralhos Ciganos e dos Tarôs Ciganos