27/08/2014

Cigana Andarilha


Uma alma cigana não pode ser vigiada,
Deve ser solta no pensar e no andar.
Quando a saia da cigana gira,
Já não é dela o chão que pisa.
Passa vento, escorre brisa,
A cigana tem que vagar.


 Andarilha das estradas de fogo,
Transita faceira pelos ventos,
Domina a vidência em águas claras,
Para na terra a alma cigana então viajar.

Valéria Fernandes
Pintura de Odile Fort