
Amei as telas de Mariano Velasco, uma vez que o pintor dá ênfase à dança cigana de academia, não à dança de baile, mais costumeira em retratações que evidenciam o tema. Primorosas!!!
- Valéria Fernandes

Boa sorte!

Extrovertida e sempre de “bem com a vida”, a Cigana Maria Dolores ama a música e a dança, não faz distinção de ritmos, gosta do flamenco, mas também da rumba, da salsa e outros compassos de origem Latina. Todavia, quando o assunto é vestimenta, faz questão de trajar-se para homenagear suas raízes hispânicas: vestidos de bolas acentuadas que colam o corpo e alargam-se com babados duplos ou triplos após os joelhos, xales grandes com estampas vivas, rosas nos cabelos ou coque com penete. Seus adereços não são totalmente dourados nem prateados, prefere misturar ao brilho miçangas coloridas como é de costume entre as ciganas espanholas. As pulseiras, colares e brincos multicores parecem extensão do corpo da cigana de tão perfeita composição para sua personalidade. Enquanto muitas gitanas optam por sandálias ou tamancos, Maria Dolores Espanhola prefere sapatos com saltos largos, deixando-a à vontade para suas performances dançantes. Aprecia por demais maquiagem e faz questão de usar batom de nuança vermelha. Adora perfumes com essências fortes, os de rosa vermelha são muito bem recebidos por esta Cigana. Quando incorporada aprecia beber coquetel de frutas ou vinho com pedacinhos de maça e pêra cortados, dando dicas sobre magia da composição: “a maça evidencia a feminilidade e a pêra contrabalança os excessos sensuais no sexo feminino. Quando a mulher deseja atrair um homem, a mistura deve ser tomada sem pêra, e quando um homem quer atrair uma mulher, retira-se a maça”.Desconheço autoria da imagem
Desta vez foram retratados na França, em frente ao Campanário de Boulogne sur Mer (Bolonha sobre o Mar), às margens do Canal da Mancha. O Povo Cigano se faz presente no território onde aconteceu o Primeiro Congresso de Esperanto no ano de 1905; localidade palco de muitos festivais que acontecem até hoje: Festival da Costa de Ópalo, Festa do Mar, Camp de Boulogne: reconstruções das batalhas napoleônica e outros.
Os Filhos do Vento festejam sob a luz das estrelas, vestem-se a caráter e distribuem satisfação e alegria ao demais num passe de sedução e encanto, isto na privilegiada ótica de Laurent Paturaud que compartilha conosco seu testemunho artístico.
Que Eles continuem em toda parte!!!

No que diz respeito aos outros aparatos, a beleza e o colorido reluz nos olhos de quem os ver. Os pandeiros têm nuances diferentes, forrados com tecidos de cores acentuadas e brilhantes, sempre arrematado com rendas douradas. As tiaras seguem a mesma linha de tons diversificados com toques em cor de ouro, podendo ser usadas também como testeiras. E para a alegria de mulheres que, como eu, gostam de combinar os ornamentos, a VL Tropical Brasil viabiliza brincos, anéis e cintos com pedrarias da mesma espécie, todos em concordância comum com as famosas moedas ciganas indispensáveis nas vestimentas desta estirpe. O charme a mais fica por conta dos belíssimos lenços com franjas, que dão alegria e vida em qualquer altar ou traje cigano.
E para engrandecer a mente e elevar a alma, a VL Tropical Brasil agora está nos brindando com uma das mais belas fontes de conhecimento: a leitura. São livros com temáticas esotéricas e espiritualistas, os quais abordam desde a tradição do povo cigano, assim como a magia, os encantamentos e os rituais que fazem parte do universo espiritual. Inserido neste segmento há ampla leitura direcionada para a doutrina espírita umbandista que Éric faz questão de divulgar. Sem dúvida que um rico manancial para o crescimento interior!
