Longe das tendas de veludo, das roupas acetinadas e do brilho dos metais que favorecem um bom visual, a mulher cigana em sua grande maioria cultiva vida simples, ganha pouco, faz trabalhos temporários devido a não criar vínculos em terras alheias e ajuda no sustento de suas famílias; cuidando também de seus filhos, maridos e clãs.
As calçadas e as ruas são locais por onde a mulher cigana procura um contato mais próximo com os não-ciganos, na qual se oferece para ler sorte, no entanto, a resistência e por vezes a repulsa e o medo de quem não conhece seu modo de vida, impede que ela aja de acordo com sua natureza batalhadora e trabalhadora, sem temor em enfrentar as dificuldades.
Uma cigana não representam perigo algum, ao contrário, há sempre de ter uma palavra de incentivo, uma dica de bom agouro que pode fazer o dia de um indivíduo bem mais alegre e ensolarado. Ao encontrar com uma não dê as costas, dê-lhe atenção, pois uma cigana sempre tem algo mais de sabedoria a nos dizer.
- Valéria Fernandes
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