23/12/2010

Neste Natal...

Quem dera Neste Natal pudéssemos esquecer nossas próprias feridas, que por vezes fazemos das chagas bem maiores do que são, para distinguir e cuidar daqueles que verdadeiramente são golpeados no cotidiano pelos punhais pontiagudos da carência, da solidão, da amargura, do egoísmo, do ódio, do rancor, da inveja e de tantas outras enfermidades dilacerantes.
Neste Natal, que possamos nós, de livre vontade, afinar a frequência de um irmão - quando neste reconhecemos notas desarmônicas - para que seu espírito enfermo tenha a chance de renovar-se, e assim conseguir ressoar respaldado pelo amor e pela bem-aventurança. Pois dentro de cada um nós há uma melodia edificante, amena, plácida, capaz de curar os males mais longínquos da alma-irmã, tal como os suaves acordes de um violino propagam seu gemido para elevar a natureza incorpórea humana ávida de afago.

Não esqueçamos porém, que após os dias de enfermidade, mesmo que bem assistidos, sucede o período de convalescença, e nesta ocasião, aos violinos podemos pouco a pouco agregar outros instrumentos de boa vontade até chegarmos a ouvir uma bela harmonia de salutares sons de amparo, de benevolência e de compaixão.

Que Neste Natal saibamos auxiliar!
  • Valéria Fernandes

Meu Povo Cigano” saúda o Menino que nasceu 
em uma manjedoura para dar sua vida em sacrifício por nós!!!