O Baralho da Vovó Cigana
O Baralho da Vovó Cigana é uma iniciativa de Tamina Thor, ilustrado por Renato Martins datado de 1995. Segundo “a autora”, o Baralho primeiramente foi pintado a óleo quando em mãos da matriarca cigana da família e repassado por duas gerações, no entanto as lâminas originais não sobreviveram ao desgaste do tempo. O resgate se deu através de sua recriação em 48 cartas com desenhos de fácil entendimento, mantendo vínculos iconográficos com a proposta inicial de suas ancestrais.
Bem diferente dos chamados “Baralhos Ciganos” de
36 cartas quando estes têm inspiração - mesmo que ao longe - no afamado Petit Lenormand, Tamina
apresenta cartas com denominações totalmente fora do comum, ou porque não
dizer, exóticas; visto muitos dos simbolismos da Vovó fugirem completamente as
referências das Cartas Ciganas. Outros fatores interessantes de serem
observados são a ausência de numeração nas lâminas e a falta da carta A Estrela encontrada em
quase todos os decks disponíveis
mercado.
As 48 lâminas se dividem em 7 cores distintas, e o pequeno livreto que acompanha o Baralho não explica os motivos pelas quais o cromatismo tem essa divisão. São 11 cartas em que o azul predominante é o claro, 4 de tonalidade azul bem mais escura, 10 ressaltando o verde-claro, 1 pigmentada de verde-petróleo, 8 cujo o amarelo se sobressai, 2 alaranjadas e 12 de cor vermelha. O diminuto manual traz dois tipos de tiragens e explicações sucintas de cada carta.
As cartas da Vovó Cigana na ordem do índice:
Sem dúvida que O Baralho da Vovó Cigana ganha destaque por seu diferencial inovador, e, para quem gosta de um bom desafio sem pressa de como aprender manuseá-lo, é só seguir em frente sabendo que não há referenciais para seu estudo, senão a intimidade que se adquire com o uso constante.
Valéria Fernandes
Cartas digitalizadas por mim